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Escola Conectada, Mente Desconectada? Educação Crítica em Tempos de Internet

Vivemos a era da hiperconectividade. A internet está em nossos bolsos, nas salas de aula, nos corredores das escolas e, principalmente, nas mentes dos estudantes. Nunca foi tão fácil acessar informações, trocar mensagens, assistir a […]

10 de junho de 2025 2:37 pm Destaque

Vivemos a era da hiperconectividade. A internet está em nossos bolsos, nas salas de aula, nos corredores das escolas e, principalmente, nas mentes dos estudantes. Nunca foi tão fácil acessar informações, trocar mensagens, assistir a vídeos e navegar por um mar de conteúdos variados. Contudo, um paradoxo tem se tornado evidente: quanto mais conectados estamos às telas, mais riscos corremos de nos desconectarmos de nós mesmos, dos outros e do verdadeiro sentido da aprendizagem.


A escola do século XXI precisa reconhecer essa realidade, sem negá-la nem romantizá-la. Os dispositivos digitais são, sim, ferramentas poderosas de ensino e aprendizagem — mas também podem se tornar barreiras quando usados de forma acrítica. Redes sociais, algoritmos de recomendação, vídeos curtos e a cultura da resposta rápida moldam, silenciosamente, uma nova forma de atenção: fragmentada, impaciente e imediatista. Nesse cenário, como promover uma educação que forme mentes reflexivas, críticas e sensíveis?

A resposta não está em proibir ou rejeitar a tecnologia, mas em educar para o uso consciente dela. Isso significa inserir a educação midiática e a cultura digital no currículo, ensinar os alunos a identificar fontes confiáveis, interpretar discursos, desenvolver empatia online e compreender os impactos do mundo virtual sobre o comportamento, a saúde mental e as relações sociais.

Na Etec Antônio Furlan, esse desafio é enfrentado por meio de projetos que unem tecnologia e pensamento crítico. Utilizamos plataformas digitais, promovemos debates sobre o uso ético das redes, incentivamos produções audiovisuais criativas e, sobretudo, cultivamos o diálogo entre gerações — entre a experiência dos professores e a fluidez digital dos alunos.

Educar em tempos de internet exige mais do que Wi-Fi potente e laboratórios modernos. Requer escuta ativa, senso crítico, empatia e um olhar atento ao ser humano por trás das telas. Precisamos de uma escola que, além de estar conectada tecnologicamente, esteja conectada afetiva e pedagogicamente com seus estudantes — uma escola onde a mente e o coração caminhem juntos, mesmo em tempos digitais.

“Mais do que formar usuários da internet, a escola contemporânea precisa formar mentes livres, críticas e conscientes em meio ao barulho digital.”

Prof. Me. Uilson Nunes

Diretor de Escola Técnica Etec Antônio Furlan – Barueri

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